quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Populares tentam agredir a ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino, e ela revida

Núbia Cozzolino confrontou manifestantes na frente da delegacia.

 Fonte: G1

A ex-prefeita de Magé, Núbia Cozollino (PMDB), foi levada para a delegacia nesta quarta-feira (3) para prestar esclarecimentos sobre denúncias de que ela estaria manipulando o sistema da folha de pagamentos do Município para apagar informações sobre "funcionários-fantasmas”. As informações são do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Um servidor municipal também foi levado para a delegacia com a ex-prefeita. Núbia confrontou pessoas que faziam uma manifestação em frente à delegacia.

Segundo o MP, uma medida cautelar acolhida pela Justiça nesta quarta à tarde, após o ocorrido, afastou a ex-prefeita de suas funções como servidora do Estado (atualmente cedida à Prefeitura de Magé) e proibiu a entrada dela na Prefeitura.
Núbia foi afastada do cargo de prefeita em 2009. Seu irmão, presidente da Câmara de Vereadores de Magé, Anderson Cozzolino, assumiu interinamente a prefeitura do município, que teve eleições no domingo passado.

Folha de pagamentos
Segundo o MP, Núbia e o servidor estavam, esta manhã, na sala onde se elabora a folha de pagamentos dos funcionários municipais, na sede da Prefeitura, no momento em que oficiais de Justiça cumpriam mandados de busca e apreensão em decorrência das denúncias. Foram apreendidos seis computadores que estavam trancados em um armário na sala da tesouraria.

Procurada pelo G1, a ex-prefeita de Magé afirmou que é funcionária concursada do estado, professora há 33 anos, e que está cedida ao gabinete da prefeitura como assessora do prefeito interino, Anderson Cozzolino, seu irmão. "Eu estava conferindo a folha de pagamento dos médicos de Piabetá, quando chegou um oficial de Justiça e alegou usurpação de função pública e me levou à delegacia."
Ela afirma que prestou esclarecimentos e que nem terminou de conferir a folha de pagamento que ficou com o delegado da 65ª DP (Magé). "Nem sei como os funcionários vão receber," disse a ex-prefeita.
Com relação ao tumulto em frente à delegacia, ela disse que "quando chegou já estava na porta do local a promotoria, a oposiçao e a imprensa. Com certeza isso é uma armação."




 Notícias do Blog do Elizeu Pires

MP investiga destruição de provas em Magé

Detida hoje pela Policia Civil no interior da Prefeitura de Magé, a ex-prefeita Núbia Cozzolino e alguns funcionários da municipalidade vão responder por suposta destruição de documentos públicos. Ela e várias pessoas ocupantes de cargos comissionados foram denunciadas ao Ministério Público, que já tem a relação com o nome desses servidores.  Alguns funcionários tiveram suas casas vasculhadas durante a campanha eleitoral e nessas operações foram apreendidos vários documentos. Núbia foi liberada agora a pouco, mas foi avisada de que voltará ser detida se retornar a qualquer dependência da administração municipal.
“A destruição de provas é tão grave quanto ameaçar uma testemunha. Isso dá cadeia”, me disse agora a pouco uma fonte. Segundo a fonte, nas operações de busca e apreensão a impressão que se tinha é de que as casas desses servidores eram extensão da Prefeitura, tal o volume de documentos públicos encontrado.

Diretoras terão de provar que materiais foram mesmo entregues
O cerco também está se fechando em várias unidades da rede municipal de ensino. O MP já tem informações dando conta de quem ontem e hoje algumas diretoras de escolas teriam assinado o recebimento de materiais que na verdade não teriam sido entregues. A promotoria tem denuncia de que uma verba de R$ 4 milhões não teria sido devidamente aplicada e servidores de confiança do governo estariam buscando um jeito de ajeitar a situação.

Sindicato em ação
A detenção de Núbia Cozzolino hoje, pelo menos por algumas horas, foi muito importante para um processo que deverá esclarecer muita coisa em Magé. A operação de busca e apreensão só foi possível a partir de uma denuncia apresentada na tarde de ontem ao promotor Thiago Veras pela presidente do Sindicato do Servidores Municipais de Magé, Sandra da Silva. Sandra narrou ter visto a ex-prefeita e seus irmãos Jane e Charles saindo da tesouraria da Prefeitura e decidiu fazer a denúncia por usurpação de função pública, já que ficara sabendo também que Núbia estava fazendo processos de pagamento de verbas rescisórias, quando não poderia nem entrar no prédio.
“Nós do sindicato fizemos a nossa parte não por perseguição ou pessoalidade e sim para que os trabalhadores possam trabalhar sem pressão ou manipulação. Eu espero que depois dessa ela tome jeito, e se não, nós continuaremos fazendo a nossa parte”, afirmou Sandra, que sobre o pagamento de verbas rescisórias disse que “segundo denúncias recebidas, Núbia estava fazendo processos para pagamento de verbas a comissionados que ainda nem mesmo foram exonerados, principalmente para chefes do PSF e que estava fazendo isso pessoalmente na folha de pagamento e tesouraria”.
Abaixo, vídeo de um cinegrafista amador postado no YouTube: "Núbia Cozzolino correndo de populares."
Veja todas as fotos clicando aqui > Galeria de fotos da Fúria de Núbia Cozzolino

O GLOBO - A ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino (PMDB) e um servidor municipal estão prestando esclarecimentos na 65ª DP (Magé) sobre o que faziam na sede da prefeitura, onde foram flagrados, na manhã desta quarta-feira, por um oficial de Justiça. Na terça-feira, após receber denúncias de que Núbia estaria indo à sede da prefeitura, durante à noite, para apagar dos computadores dados sobre contratações fantasmas feitas durante seu mandato, o Ministério Público entrou com pedido na Justiça e conseguiu uma ordem judicial para apreender os equipamentos. Porém, quando o oficial de Justiça chegou à prefeitura para cumprir o mandado encontrou a ex-prefeita no local. Para evitar qualquer tentativa de evitar possível responsabilização cível e criminal por parte de Núbia, a Justiça ordenou o afastamento da ex-prefeita de suas funções como servidora do Estado e a proibição da entrada dela na prefeitura.
De acordo com a denúncia recebida na terça-feira pelo promotor Sergio Ricardo Fernandes Fonseca, após a derrota do candidato apoiado por ela na eleição suplementar do último domingo, a ex-prefeita foi à prefeitura na noite de segunda-feira. Lá, teria feito alterações não autorizadas e inserção de dados falsos no sistema de informações sobre os pagamentos dos servidores. A alteração buscava burlar a auditoria anunciada pelo prefeito eleito Nestor de Moraes Vidal Neto . Foi requerida a busca e apreensão de computadores e documentos na sede. Foram apreendidos seis computadores que estavam trancados em um armário na sala da tesouraria.



Núbia foi afastada do cargo por abuso de poder político e econômico em setembro de 2009 e cassada em 2010. Na última segunda-feira, ela já havia estado na sede da prefeitura e foi advertida pela Justiça Eleitoral. A PM foi acionada, mas chegou ao prédio depois que Núbia já tinha ido embora.
No último domingo, Nestor Vidal (PMDB) foi eleito prefeito da cidade que, desde 1982, era dominada pela família Cozzolino. A data da posse de Nestor ainda será decidida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ao ser eleito, Nestor Vidal (PMDB) anunciou uma de suas primeiras decisões: tentar rebatizar as escolas municipais que carregam o sobrenome Cozzolino. São pelo menos sete creches e colégios que homenageiam integrantes da família da ex-prefeita e do atual prefeito, Anderson Cozzolino, irmão dela.
- Esses nomes não refletem a vontade do povo. A proposta para a mudança será encaminhada à Câmara dos Vereadores. Espero que a Câmara se alinhe com a vontade da população - ressaltou o prefeito eleito.
Nos próximos dias, ele se reunirá com o governador Sérgio Cabral para decidir a participação do estado em obras que deverão ser realizadas em Magé. Pelo menos duas delas já estão na agenda: a instalação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas na cidade e a construção de uma ponte que ligará a Praia de Mauá a Campos Elíseos, em Duque de Caxias.
Na manhã de terça-feira, Magé parou comemorar a vitória de Nestor, eleito com 68,62% dos votos. A eleição fora de época aconteceu por causa da cassação de Núbia Cozzolino (PMDB) e do vice Rozan Gomes da Silva (PSL), acusados de abuso do poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. Uma carreata com mais de 300 carros percorreu Magé durante cinco horas. Por onde passou, o grupo foi ovacionado. Dez seguranças cuidaram da proteção do prefeito eleito e do vice, Cláudio da Pakera. Moradores batiam a mão no peito e aplaudiam. Segurando um cartaz com a frase "Obrigado por nos libertar", uma dona de casa resumiu o sentimento dos eleitores de Nestor:
- Foi o voto da revolta.
Técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) enfrem dificuldades para finalizar a inspeção extraordinária nas contas da administração de Magé. Eles não receberam da prefeitura os documentos e processos solicitados. Esta semana, o caso foi apresentado ao presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Júnior. Ele levará a questão a plenário, em data ainda a ser decidida, para discussão com os outros conselheiros.
Entre as medidas que podem ser tomadas pelo TCE estão a comunicação do caso ao Ministério Público estadual e a aplicação de multa à prefeitura.

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